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CARLOS LYRA MÉTODO DE VILÃO HARMONIA PRÁTICA DA BOSSA NOVA
Lançado no meio do ano passado, “Harmonia Prática da Bossa Nova” chega a sua terceira edição, batendo record de vendas na Editora Vitale
Não contente em lançar seu método de violão pela Irmãos Vitale, no último mês de junho, Carlos Lyra alcançou o record de vendas da editora. Seu “Harmonia Prática da Bossa Nova”, cuja tiragem inicial foi de 3000 livros chega agora a sua terceira edição.
“As tiragens iniciais da Vitale não são muito grandes, porque o interesse que nosso produto pode despertar às vezes é muito restrito. Eventualmente pode servir apenas a músicos profissionais, professores e iniciantes”. Mas a procura pelo livro do Carlos Lyra foi surpreendente”, conta Fernando Vitale, diretor da Irmãos Vitale, responsável pelo convite para que Lyra fizesse o método.
O lançamento da obra em junho de 2000 serviu como uma das comemorações pelos 45 anos de carreira do compositor. Com a chancela da Editora Irmãos Vitale, o livro tem tripla função. Primeiro é mesmo um método aperfeiçoado dos velhos tempos em que ele e Roberto Menescal eram os mais procurados professores de violão bossa nova do Rio de Janeiro; depois, é um songbook, com dezessete dos maiores sucessos do compositor transcritos em partitura e cifrados; e, finalmente, é um CD com estas mesmas dezessete músicas, numa aula prática de como se compõe, toca e canta o gênero brasileiro mais conhecido em todo o mundo.
No prefácio da edição, o maestro, pianista e compositor Antonio Adolfo conclui o seu texto dizendo que “é com muito respeito que todos os que estudarem este livro devem encarar as colocações de um mestre da música em todos os sentidos”. Pronto: este release poderia parar por aqui. Mas talvez seja necessário ainda detalhar como Carlos Lyra trabalhou a tripla função do seu novo lançamento, coordenado pelo tecladista Luciano Alves.
A primeira parte é a didática. Começando bem pelo princípio, explicando como os acordes são cifrados e alterados por bemóis e sustenidos. Passando pelas escalas, Lyra chega ao braço do violão, completamente dissecado em suas cordas, casilhas, e possibilidades de emissão de notas e formação de acordes. Daí, começa efetivamente a aula de harmonia, que vai dos intervalos simples aos acordes dissonantes, tudo sempre muito ilustrado, tanto com cifras como com a partitura.
A segunda, o songbook. Obviamente, o songbook também tem uma função didática, embora seja o registro oficial da obra de um compositor. No caso de Carlos Lyra e das músicas aqui transcritas para o pentagrama, o privilégio de descobrir as soluções e detalhes das harmonizações de músicas como Canção que morre no ar, Influência do jazz, Lobo bobo, Marcha da Quarta-feira de Cinzas, Maria Ninguém, Primavera e Se é tarde me perdoa, para citar poucas, mistura-se ao prazer de vê-las soarem no CD, a teoria materializada em prática.
Aí está a terceira função. O melhor: assinada pelo próprio autor. O mestre, que criou o método e ensina com didática leve e fluente, ao lado do artista que mostra a sua arte, duplamente registrada para a posteridade, na notação musical e fonograficamente. Como algumas dessas músicas têm dezenas de gravações (vale dizer, dezenas de harmonias, de transposições de tom, etc), é sempre muito interessante saber que, no lançamento da Irmãos Vitale, o que se tem é a versão original (portanto, definitiva) de cada obra. O resto é adaptação.
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